quarta-feira, 25 de maio de 2011

Navarro,

Te deixo meus textos póstumos. Só te peço isto: não permitas que digam que são produtos de uma mente doentia! Posso tolerar tudo menos esse obscurantismo biografílico. Ratazanas esses psicólogos da literatura – roem o que encontram com o fio e o ranço de suas analogias baratas. Já basta o que fizeram ao Pessoa. É preciso mais uma vez uma nova geração que saiba escutar o palrar os signos.

R.


anacristinacesar

sábado, 14 de maio de 2011

MARIA GADÚ CHORA AO VER CAETANO VELOSO CANTAR Shimbalaiê

Gadú, esbanjando sinceridade, diz que a ficha ainda não caiu com o apadrinhamento do ídolo de muitos anos.

- Não caiu a ficha ainda. É esquisito. Há uma união muito mais abrangente. Há proximidade. E eu, a minha vida inteira, me espelhei no Caetano.

No começo da miniturnê, a cantora não tocava Shimbalaiê, seu maior sucesso, composta por ela quando tinha apenas dez anos de idade. Caetano resolveu, de surpresa, inclui-la no show de Belo Horizonte (MG). No DVD, Gadú se debulha em lágrimas ao vê-lo cantar o hit e explica o motivo:

- Não dá para descrever o que senti. Não pensei na hora. Foi só emoção. Não dá para dar sentido. Lembrei da infância ali na hora, quando eu fiz a música e estava despretensiosamente feliz.

Caetano também dá sua versão.

- Quando eu tinha a idade atual da Gadú, estava compondo Alegria Alegria. E Shimbalaiê é uma música emblemática dela. Pesou o fato de serem canções que têm muito apelo popular e temos carinho por ambas.




(...Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro
Que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso
Poder falar a verdade...)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

[...Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos...]




ANA CRISTINA CÉSAR

segunda-feira, 9 de maio de 2011

DONA CILA

Maria Gadú compõe música para homenagear a avó

A música escolhida foi composta em homenagem a sua avó, que morreu há três anos, para quem o disco é dedicado. Dona Cila era cantora lírica e perdeu a voz após o uso de um produto químico. Segundo Maria Gadú, o clipe retrata dois grandes sonhos da avó: se apresentar em um teatro municipal e desfilar como baiana na Marquês de Sapucaí.









(...Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for...)