quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Culpa de quê

Sentir algum tipo de culpa é como saber que erramos...
Mas erramos onde? em que?
Essa é uma pergunta que me faço a anos e ainda não tive uma resposta.
As vezes tenho certeza de que errei, mas foi tentando acertar,fiz coisas que não deveriam ter sido feitas...mas foram necessárias...Aprendi que errar é necessário para aprender.
Sinto culpa de não ter sido mais feliz, de não ter vivido com mais alegria,sinto culpa de não compreender, ou de ter compreendido demais.
Se tudo pudesse voltar como num filme, será que eu seria mais feliz? ou será que sou feliz e ainda não descobri? Acho que vou morrer sem ter essa certeza.
Tenho medo da resposta pra essa pergunta, porque se a resposta for não, será que ainda daria tempo de consertar? ou a comodidade não me deixaria mudar nada?
É como num enorme deserto de areia, olhar muito longe e ver sempre a mesma coisa.
Cometo insanidades que me deixam um pouco menos realista, pois a realidade as vezes incomoda um pouco,
Vou dizer que sou um pouco diferente da normalidade,pois pessoas normais procuram ser felizes a todo custo...e eu não sei se aprecio esse sentimento, pois é com um pouco de tristeza que tenho mais expiração para tocar minha vida.

Valeria Oliveira








"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."



Clarice Lispector

Um comentário:

Rodolpho do Amaral disse...

Errar com certeza que todos erramos. Mas errar é vida, logo, não temos como desviar disso. às vezesme pergunto que danada de felicidade é essa. Se for essa felicidade-comum, não quero. Mas acho mesmo que felicidade é única pra cada ser, então vamos a procura da nossa.

Clarice pergunta pra que serve ser feliz, e se felicidade é um estado de tolerância. Acho que as respostas ficam pro final, ou não teremos resposta alguma. Enfim, dá pra enfeitar a amargura.

gostei daqui e tô seguindo seu blog. Volte quando quiser e puder, beijo.

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Você, de repente, não estranha de ser você?