"Eu era apenas rio
Esperando que você navegasse
Poema quebrado no frio
Num salão vazio
Esperando que você recitasse
Eu era manhã cinzenta
Esperando de você a aurora
Um lobo de olhar em brasa
Te vendo em casa
(e o lobo do lado de fora)
E eu era, quem diria
A melodia que jamais compusera
E eu, que jamais daria
Era o verbo dar
Dizendo assim: quem dera!
Então não vá embora
Agora que eu posso dizer
Eu já era o que sou agora
Mas agora gosto de ser."
Oswaldo Montenegro
Um comentário:
Eu já era o que sou agora
Mas agora gosto de ser.
Pra mim essa parte é a mais difícil: gostar de ser o que se é. Tem uma música do Cazuza que diz assim "e eu já tô cansado de não gostar de mim", enfim. Já ouvi o nome desse autor mas até então não tinha lido nada. Muitos beijos,
Rodolpho A.
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Você, de repente, não estranha de ser você?